Doença Renal | A vida pede conexões: comece pela sua saúde

Cuidando dos Rins

Doença Renal

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Os rins são dois órgãos que têm a forma de um grão de feijão e que medem, nos adultos, de 10 a 13 cm.1

Eles desempenham um papel vital no organismo: filtram todo o sangue de uma pessoa em torno de 12 vezes por hora!1.

Entender as funções dos rins e adotar hábitos para protegê-los são passos importantes para cuidar melhor da saúde.

Como os rins trabalham?

A função mais conhecida dos rins é filtrar e eliminar resíduos e excesso de água do organismo.1 Vamos entender como eles fazem isso.

Nosso corpo realiza diversos processos que transformam alimentos e nutrientes em energia. Todos esses processos produzem toxinas, como ureia, creatinina e ácido úrico.1,2

É aí que os rins entram: eles filtram esses resíduos e ajudam a eliminá-los, preservando o bom funcionamento do corpo.1,2

Outra função essencial é manter o equilíbrio de água, sais e eletrólitos, especialmente o potássio. O que ajuda a evitar inchaços, aumento da pressão arterial, e prevenir o excesso de potássio no sangue (hiperpotassemia).1,2

E não para por aí: os rins também produzem hormônios que fazem toda a diferença para a nossa saúde.

Alguns deles são:1

Eritropoetina

ajuda na formação dos glóbulos vermelhos

Calcitriol (forma ativa da vitamina D)

facilita a absorção de cálcio, fortalecendo os ossos

Renina

atua na regulação da pressão arterial

Aldosterona

regula a quantidade de sódio e potássio

Tudo no corpo está conectado, e os rins têm um papel central nisso. Cuidando deles, você ajuda a controlar a pressão, proteger o coração e manter os ossos fortes.3-5

Entenda a Doença Renal Crônica (DRC)

Quando os rins não estão saudáveis, seja por alterações em sua estrutura ou pelo comprometimento de suas funções, um dos diagnósticos mais comuns é a Doença Renal Crônica (DRC).2 Esse nome abrange uma série de alterações que podem acontecer com os rins, causadas por diferentes fatores e condições de risco.2

No Brasil, um em cada dez adultos convive com Doença Renal Crônica.6 Mesmo assim, grande parte das pessoas não sabe que tem a doença, pois ela tende a evoluir de forma silenciosa nas fases iniciais.6

A Doença Renal Crônica tem curso prolongado e, muitas vezes, acaba se tornando grave.2

1 em cada 10 adultos

convive com Doença Renal Crônica.7

Você precisa saber

O que é Hiperpotassemia e qual sua relação com a Doença Renal Crônica?

Fatores de risco2,7

Cuidar dos rins também significa estar atento aos fatores que aumentam o risco de Doença Renal Crônica. Conheça os principais:

  • Diabetes
  • Hipertensão
  • Obesidade
  • Problemas cardiovasculares

Evitar esses problemas ou mantê-los sob controle, caso já você já tenha um diagnóstico, é muito importante para proteger a saúde dos rins. Mantenha atenção especial à pressão arterial e às taxas de glicemia. Se notar alterações, procure um médico para entender os próximos passos.

Como prevenir a Doença Renal Crônica (DRC)

Manter a pressão e a glicemia dentro dos limites, reduzir o sal nas refeições, fazer exercícios regularmente e dormir bem são atitudes que ajudam a proteger os rins e diminuir o avanço da Doença Renal Crônica (DRC) e o risco cardiovascular.8

Quem tem diabetes ou hipertensão deve manter o check-up em dia, com especial atenção aos exames de creatinina e albuminúria, pois eles ajudam a identificar alterações precocemente.9

Quanto antes forem identificadas alterações nos rins, mais fácil é preservar a função renal e diminuir o risco de progressão da doença e de problemas cardiovasculares.3

Transforme conhecimento em rotina: planeje refeições com menos sal, meça a pressão regularmente, mantenha seus exames em dia e somente use medicamentos conforme prescrição médica.3

Imagem Diagnóstico

Diagnóstico

Para avaliar a saúde dos seus rins, o médico costuma solicitar alguns exames. Entre eles estão a dosagem de creatinina no sangue, o cálculo da taxa de filtração glomerular (TFGe) e o exame de urina (EAS), além de exames de imagem, como a ultrassonografia renal. Esses testes são especialmente importantes para pessoas com fatores de risco como diabetes, hipertensão arterial, doença cardiovascular, histórico familiar de doença renal crônica (DRC) ou infecções urinárias de repetição3.

Seu check-up em dia é importante para um diagnóstico precoce, aumentando as chances de proteger a função renal.

Atenção a esses sinais!3

Procure um médico se perceber:3

  • Inchaço persistente
  • Urina muito espumosa
  • Sangue na urina
  • Aumento das micções noturnas
  • Cansaço fora do comum
  • Pressão difícil de controlar 

Procure atendimento imediato em caso de:3

  • Queda súbita do volume urinário
  • Falta de ar ou edema (inchaço por acúmulo de líquidos) acentuado

Esses sinais podem indicar agravamento e precisam de investigação médica.3

Tratamento

O tratamento da doença renal crônica (DRC) é definido de acordo com a fase e a gravidade do quadro. Nos estágios iniciais ou menos graves, envolve controlar a pressão arterial, o diabetes e outros fatores de risco, ajudando os rins a funcionarem bem pelo maior tempo possível e a proteger o coração.2

Quando a doença está em estágios mais avançados, o médico pode falar em "pré-diálise".2 Essa fase significa continuar com todos os cuidados do tratamento inicial, mas já se preparar para o momento em que pode ser necessário iniciar uma terapia substitutiva para o rim.2

A Terapia Renal Substitutiva é indicada quando os rins não conseguem mais fazer o trabalho sozinhos.2 Ela pode ser feita de três maneiras2:

Hemodiálise

Realizada em uma clínica ou hospital com o auxílio de uma máquina.2

Diálise peritoneal

Que usa a membrana do próprio abdômen como filtro, podendo, em muitos casos, ser feita em casa.2

Transplante renal

Em que um rim saudável é colocado no lugar do rim doente.2

Hiperpotassemia: o que é e qual a relação com a Doença Renal Crônica

O potássio é um mineral essencial para o bom funcionamento do coração, dos nervos e de diversos processos do corpo. Ele está presente em alimentos comuns, como frutas, vegetais, leguminosas e carnes vermelhas.10

Nos rins saudáveis, o potássio é equilibrado de forma natural. Já quando há doença renal, esse controle pode ser comprometido, fazendo com que o organismo acumule ou perca potássio de maneira inadequada.10

Entre as complicações mais frequentes está a hiperpotassemia, caracterizada pelo excesso de potássio no sangue. Níveis acima de 5,0 mmol/L já são considerados elevados.11

O quadro de hiperpotassemia é comum em pessoas com Doença Renal Crônica. Isso ocorre porque, com o comprometimento dos rins, a capacidade de filtrar o sangue e eliminar resíduos, incluindo o potássio, fica reduzida.10,11

Sintomas da hiperpotassemia11

Em quadros mais leves:

Na maioria das vezes não há sintomas visíveis. Mas, algumas pessoas podem perceber:

  • Fraqueza leve ou sensação de cansaço
  • Formigamento ou dormência nas mãos, pés ou ao redor da boca

Em quadros mais avançados:

Quando o coração também é afetado:

  • Dor muscular: dor ou desconforto nos músculos
  • Paralisia: dificuldade ou incapacidade de mexer braços ou pernas
  • Palpitações: sentir o coração batendo forte, acelerado

Importante: em alguns casos, os sintomas podem ser discretos ou nem aparecer. Por isso, monitorar os níveis de potássio e contar com orientação médica é essencial.

O que a hiperpotassemia pode causar10,11

Assim como outras condições que comprometem o funcionamento dos rins, a hiperpotassemia (excesso de potássio no sangue) pode provocar desequilíbrios perigosos, principalmente:

  • Alterações no funcionamento dos músculos, gerando fraqueza ou dificuldade para se movimentar.

  • Problemas no ritmo dos batimentos do coração, que podem causar sensação de coração disparado, batendo fora do ritmo ou até risco de parar de funcionar corretamente.

Como prevenir?

Algumas ações simples ajudam nesse controle:

  • Fazer check-ups regulares para acompanhar os níveis de potássio no sangue.10
  • Contar com o acompanhamento de nutricionista e nefrologista.10

Ou seja: ter atenção à saúde dos rins, pois, geralmente, é deles que depende o equilíbrio do potássio no organismo.10,11

Como tratar?

Existem diferentes estratégias de tratamento, que vão desde ajustes na dieta com orientação de um nutricionista, uso de medicamentos que ajudam a controlar o potássio e, em alguns casos, até a hemodiálise. O nefrologista é o profissional indicado para avaliar cada caso e definir o melhor caminho.11

Para entender mais sobre as conexões vitais do nosso corpo, acesse também as outras páginas deste site:

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Ilustração de um casal abraçado

Referências: