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Descoberta do EGFR
Terapias-alvo
Testagem molecular
Guia para pacientes

O ano de 2024 marca o 20º aniversário da descoberta do EGFR como mutação direcionadora de tratamento para o câncer de pulmão

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A descoberta do fator de crescimento epidérmico

No início da década de 1950, o Prof. Stanley Cohen e seus colaboradores, nos Estados Unidos (EUA), conseguiram identificar um “fator de crescimento epidérmico” (EGF, do termo em inglês epidermal growth factor) nas glândulas salivares de camundongos.

Prosseguindo nos estudos, os pesquisadores observaram que os animais tratados com extrato de glândula salivar se desenvolviam mais precocemente: abriam os olhos e já exibiam os primeiros dentes em 6 a 7 dias, enquanto nos animais que não recebiam o extrato esses mesmos processos levavam 12 a 14 dias.1

Por seu trabalho pioneiro, Stanley Cohen e a Dra. Rita Levi-Montalcini (autora das pesquisas que deram origem ao trabalho do Dr. Cohen) dividiram o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 1986.1,2

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O receptor de EGF

Mais tarde, foi possível identificar o receptor de EGF (chamado EGFR), ou seja, a estrutura presente nas superfícies celulares que se ligam ao EGF para acionar seus efeitos no organismo de diversos animais, inclusive no ser humano.3

O EGFR é uma proteína que possui três porções: o ponto de ligação ao EGF, que fica fora da célula (ou seja, é uma porção extracelular); uma porção “transmembrana”, que atravessa a membrana celular; e uma porção que fica no interior da célula (intracelular), chamada tirosina quinase, que é responsável por desencadear seus efeitos no funcionamento celular.1,4

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A pesquisa de mutações do EGFR

Ao observar o tecido de um tumor ao microscópio, os médicos podem identificar o tipo de câncer baseado nas informações das células. Além disso, os médicos também podem procurar alterações no DNA do tumor que estejam causando o crescimento dele. Essas alterações são chamadas de “biomarcadores” ou “marcadores moleculares”.5

Uma mutação no gene EGFR é um biomarcador que os médicos procuram em um tipo específico de câncer de pulmão (chamado “câncer de pulmão de não pequenas células” ou CPNPC). O EGFR é uma proteína das células do nosso corpo que as ajuda a crescer. Uma mutação no gene EGFR pode fazer com que as células cresçam descontroladamente, o que causa o câncer. Se você tem CPNPC, é importante conversar com seu médico sobre testes detalhados para verificar se o tumor tem uma mutação do EGFR ou algum outro biomarcador. Os resultados desses testes são importantes para decidir quais as melhores opções de tratamento.5

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Os diferentes tipos de mutações do EGFR

Uma maneira de pensar sobre o nosso DNA é como se ele fosse um manual de instruções. Se houver um erro de digitação no manual, a célula receberá instruções erradas e poderá se transformar em câncer. Podemos imaginar erros de falta ou excesso de palavras no DNA, chamadas deleções ou inserções, respectivamente. Pode também haver certos trechos do DNA com troca de letras, chamados mutações pontuais.5

Nos resultados do seu teste, pode acontecer de haver uma deleção no éxon 19 ou uma mutação pontual L858R no gene EGFR (essas são as mutações mais comuns). Essas informações ajudam os médicos a saberem exatamente qual “erro de digitação” existe no DNA do tumor. As deleções do éxon 19 e as mutações pontuais L858R do gene EGFR são tipicamente tratadas do mesmo modo.5

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Como saber se o câncer de pulmão é positivo para EGFR?

Entre os pacientes com CPNPC, as mutações do EGFR são mais frequentes naqueles com tumores do tipo adenocarcinoma (quando as células do tumor se originam de glândulas), em indivíduos não fumantes, mulheres e em pacientes de origem asiática. Entre os pacientes de origem europeia ou africana, cerca de 15% de todos os casos de CPNPC são positivos para mutações em EGFR. Essa proporção aumenta para 35% nos pacientes do leste asiático e 50% naqueles que nunca fumaram.6

Em geral, há duas maneiras de detectar mutações do gene EGFR. O melhor método é por meio de um sequenciamento genético amplo, chamado “sequenciamento de nova geração” (NGS, do original next-generation sequencing). Nesse tipo de teste, uma amostra de tecido do tumor do paciente (obtida por meio de biópsia) é colocada em um equipamento que procura o maior número possível de biomarcadores de uma só vez. Em algumas situações, não é possível realizar a biópsia e, nesses casos, utiliza-se a chamada “biópsia líquida”, em que a análise é feita em uma amostra de sangue do paciente. Converse com seu médico para verificar se um desses testes foi realizado no seu caso.5

O que são as terapias-alvo?

Se pensarmos que o nosso DNA é como um manual de instruções, as mutações seriam erros de digitação nesse manual, que geraria instruções erradas para as células que podem virar um câncer.

Os testes de biomarcadores procuram esses “erros” para que os médicos saibam se o seu paciente é candidato a receber uma terapia específica que resolva diretamente esses problemas (chamada de terapia-alvo).5

Assista ao vídeo para entender melhor!

Testagem molecular

Há cerca de 20 anos, a identificação de mutações genéticas no EGFR em células do Câncer De Pulmão De Não Pequenas Células (CPNPC) revolucionou o tratamento dessa doença, ao desencadear uma série de pesquisas que levaram ao desenvolvimento das terapias-alvo. Essa descoberta marcou o início da era da medicina personalizada no câncer de pulmão, onde o tratamento passou a ser definido com base na presença ou não dessas mutações identificadas nos tumores.7

A importância dos testes genéticos no tratamento do câncer de pulmão

Quando um paciente recebe o diagnóstico de CPNPC, o teste para detectar mutações genéticas que possibilitem tratar o tumor com uma terapia-alvo tornou-se etapa fundamental do planejamento terapêutico. Essa é a recomendação das principais sociedades médicas nacionais e internacionais da área de oncologia, como, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC),8 a rede nacional norte-americana de câncer NCCN (National Comprehensive Cancer Network)9 e a Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO, European Society for Medical Oncology).10

No câncer de pulmão de não pequenas células, a testagem molecular por amostra de tecido é padrão ouro para todos os estágios da doença.11-13

* A biópsia líquida pode ser uma opção para alguns pacientes.11,14,15 ** Caso o resultado da biópsia líquida venha negativo, é recomendado a testagem com a mostra de tecido da biópsia.11,16 Tabela

A biópsia líquida pode ser apropriada em situações em que o tempo de espera é crítico, o tecido não é viável ou em casos de a quantidade da amostra de tecido não é suficiente.14,15

Adaptado de Nigro MC; et al. Lung Cancer (Auckl), 2023.
Aplicação
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BR-34876. Material destinado a todos os públicos. Setembro/2024.
Referências: 1. Edwin F, Wiepz GJ, Singh R, Peet CR, Chaturvedi D, Bertics PJ, et al. A historical perspective of the EGF receptor and related systems. Methods Mol Biol. 2006;327:1-24. 2. Cohen S, Carpenter G. Human epidermal growth factor: isolation and chemical and biological properties. Proc Natl Acad Sci U S A. 1975 Apr;72(4):1317-21. 3. Cohen S, Ushiro H, Stoscheck C, Chinkers M. A native 170,000 epidermal growth factor receptor-kinase complex from shed plasma membrane vesicles. J Biol Chem. 1982 Feb 10;257(3):1523-31. 4. Ullrich A, Coussens L, Hayflick JS, Dull TJ, Gray A, Tam AW, et al. Human epidermal growth factor receptor cDNA sequence and aberrant expression of the amplified gene in A431 epidermoid carcinoma cells. Nature. 1984 May 31-Jun 6;309(5967):418-25. 5. Associação Americana de Pneumologia (American Lung Association). Testes de biomarcadores: EGFR [internet]. Disponível em: https://www.lung.org/lung-health-diseases/lung-disease-lookup/lung-cancer/symptoms-diagnosis/biomarker-testing/egfr. Acesso em: 8 jun. 2024. 6. Jorge SE, Kobayashi SS, Costa DB. Epidermal growth factor receptor (EGFR) mutations in lung cancer: preclinical and clinical data. Braz J Med Biol Res. 2014 Nov;47(11):929-39. 7. Russo A, Franchina T, Ricciardi GR, Picone A, Ferraro G, Zanghì M, et al. A decade of EGFR inhibition in EGFR-mutated non small cell lung cancer (NSCLC): Old successes and future perspectives. Oncotarget. 2015 Sep 29;6(29):26814-25. 8. Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Diretrizes de tratamentos oncológicos, capítulo “Pulmão não pequenas células: doença avançada”. p. 11. São Paulo, 2/5/2023. Disponível em: https://sboc.org.br/diretrizes-publicas/versoes-finalizadas-2023/2. Acesso em: 8 jan. 2024. 9. National Comprehensive Cancer Network (NCCN). NCCN Guidelines Version 1.2024, Non-Small Cell Lung Cancer. p. NSCL-20-23. Disponível em: https://www.nccn.org/guidelines/guidelines-detail?category=1&id=1450. Acesso em: 8 jan. 2024. 10. Hendriks LE, Kerr KM, Menis J, Mok TS, Nestle U, Passaro A, et al.; ESMO Guidelines Committee. Oncogene-addicted metastatic non-small-cell lung cancer: ESMO Clinical Practice Guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Apr;34(4):339-57. 11. Referenced with permission from the NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology (NCCN Guidelines®) for Non-Small Cell Lung Cancer V.2.2023. ©National Comprehensive Cancer Network, Inc. 2023. All rights reserved. Accessed February 17, 2023. To view the most recent and complete version of the guideline, go online to NCCN.org. NCCN makes no warranties of any kind whatsoever regarding their content, use or application and disclaims any responsibility for their application or use in any way. 12. Rolfo C, Mack P, Scagliotti GV, et al. Liquid biopsy for advanced NSCLC: a consensus statement from the International Association for the Study of Lung Cancer. J Thorac Oncol. 2021;16(10):1647-1662. 13. Liam CK, Mallawathantri S, Fong KM. Is tissue still the issue in detecting molecular alterations in lung cancer? Respirology. 2020;25(9):933-943. 14. Leighl NB, Page RD, Raymond VM, et al. Clinical utility of comprehensive cell-free DNA analysis to identify genomic biomarkers in patients with newly diagnosed metastatic non-small cell lung cancer. Clin Cancer Res. 2019;25(15):4691- 4700. 15. Aggarwal C, Thompson JC, Black TA, et al. Clinical implications of plasma-based genotyping with the delivery of personalized therapy in metastatic non-small cell lung cancer. JAMA Oncol. 2019;5(2):173- 180. 16. Merker JD, Oxnard GR, Compton C, et al. Circulating tumor DNA analysis in patients with cancer: American Society of Clinical Oncology and College of American Pathologists joint review. J Clin Oncol. 2018;36(16):1631-1641.

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